Juízo temerário!
O coração daqueles que se converteram mediante o trabalho dos apóstolos, abrandou-se e uniu-se pelo amor cristão.
A despeito de preconceitos anteriores, todos estavam em harmonia uns com os outros. Satanás sabia que, enquanto essa união continuasse a existir, ele seria impotente para deter o progresso da verdade do evangelho; e procurou tirar vantagem de anteriores hábitos de pensar, na esperança de que, por esse meio, pudesse introduzir na igreja elementos de desunião.
Assim aconteceu que, aumentando o número dos discípulos, o inimigo conseguiu despertar suspeitas de alguns que antigamente tiveram o hábito de olhar com ciúme a seus irmãos na fé, e descobrir defeitos em seus guias espirituais; e, desta maneira, “houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus”. Atos dos Apóstolos 6:1. A causa da queixa foi a negligência que se alegava na distribuição diária de auxílio às viúvas gregas. Qualquer desigualdade seria contrária ao espírito do evangelho, contudo, Satanás conseguira despertar a suspeita. Medidas imediatas deveriam ser tomadas para remover todo o motivo de descontentamento, para que não acontecesse triunfar o inimigo em seus esforços de disseminar divisão entre os crentes.
Os discípulos de Jesus tinham chegado a uma crise em sua experiência. Sob a sábia direção dos apóstolos, que trabalhavam unidos no poder do Espírito Santo, a obra indicada aos mensageiros do evangelho havia-se desenvolvido rapidamente. A igreja se ampliava de contínuo, e o crescimento em membros representava constante aumento de trabalho para os que tinham responsabilidades. Pessoa alguma, ou mesmo um grupo de homens, poderiam levar sozinhos o pesado fardo sem pôr em perigo a prosperidade futura da igreja. Havia necessidade de uma redistribuição das responsabilidades que tão fielmente tinham sido levadas por uns poucos nos primeiros dias da igreja. Os apóstolos precisavam dar, então, um importante passo para a organização do evangelho na igreja, pondo sobre outros alguns dos encargos até então levados somente por eles.

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